VIDA DE SOLTEIRA II

E porque eu tô solteira, eu estou vivendo aquela fase em que minhas amigas dizem: eu tenho alguém para te apresentar. Eu tenho visto cada coisa que tu não imagina. E aí aconteceu de eu conhecer um top 5 MALA com letras maísculas. Quer homem pior que um pretenso chique? Esnobe no correto sentido da palavra e pior: cheio de maneirismos. Argh. Kelly, agora eu entendo sua ojeriza a mim pedindo vinho em taça no boteco vagabundo. O cara pediu para colocarem manjericão e pimenta-do-reino -sobre o tomate, ele frisou- no sanduba de pão, queijo e tomate da padoca. O cara trouxe a própria trilha sonora para o nosso jantar (porque ele tem uma seleção própria para risotos). O cara me perguntou se eu entendi a mensagem de Closer, o filme. O cara ficou elogiando pinot noir. Eleito o CHAAAATO do ano e só estamos em agosto.
CHEGA DE COMER, ALEXAL!

Estou há quatro comendo e bebendo sem cessar. Tudo começou na quinta, jantando com Rogério no Obá da Melo Alves. Provamos dois quitutes da Lourdes, mi amiga mexicana. Na sexta, a continuação. Eu, Lourdes, Felipe, Beto Brant (com sua mulher ma-ra-vi-lho-sa) e Marçal Aquino tomamos duas garrafas de tequila e comemos uns dez pratos distintos. Com la cocinera atrevida é assim. Sempre uma delícia inesquecível. Tudo...

No sábado, risoto de queijo cabra e brocólis com dezenas de bons vinhos chilenos, espanhóis, argentinos e por aí vai.. reuniãozinha aqui em casa. Eu adooooooooro dar jantares, principalmente quando a Luciana cozinha e eu sou só a chefe do cerimonial. Tati, marido durão, Sandy do Canadá e Vanessa. Não podíamos ter convidados mais simpáticos. Hoje, domingo de ressaca, muito frio e massinha com tomates frescos. Nada mal.
Existem dois tipos de homens: básicos ou glamourosos. Vamos começar pelo homem 1.0, aquele que vem equipado com requisitos básicos como gosto extremado por futebol, cerveja e mulher. Esta imagem é muito caricata, eu sei. Mas um homem direto, objetivo, que joga cartas, ganha dinheiro, só vê filmes de ação, é pá-pum, não faz terapia, nunca usou hidratante, trepa bem, te joga na parede e tals.. este homem é básico. Com este homem tenha um caso, case-se, tenha filhos... Ele não é melhor nem pior que o homem glamour. É apenas básico. E consertará o pé da mesa que não para de cambalear.


Um Bonde Chamado Desejo: o Stanley Kowalski de Marlon Brando é o meu sonho de básico.

Já o homem glamour... ele pode ser vários.

Glamour-glamour-glamour: cita Proust sem afetação, bebe vinho sem afetação, fuma charuto sem afetação. No aniversário de namoro de vocês, ele manda uma passagem por e-mail. Gentil do fio de cabelo ao dedo do pé.
Glamour-inteligente: discute com você a resiliência dos objetos e a influência de Pascal na filmografia de Rohmer. Se ele se interessar também por futebol, case-se.
Glamour-deprimido: faz terapia há séculos, nada é direto e objetivo.. ele veio ao mundo para sofrer. Tem quem goste.
Glamour-por-fora-básico-por-dentro: por fora bela viola por dentro pão bolorento, if you know what I mean.


Jeremy Irons...sempre!
EU E OS SERIADOS

E a Kelly alguns posts abaixo disse que eu preciso atualizar meus seriados. Ela tem razão. Eu só os vejo depois que todo mundo já viu anos atrás. Não gosto de ver TV. Ela é para mim um lugar onde aparecem os DVDs que eu alugo. Vi Sex&City inteiro em DVD, um atrás do outro. Agora estou na temporada 2, disco 4 de Friends. Ver Lost agora? Não. Verei em 2007 ou 2008.

  • Ver Sex&City era bom porque tinha muito sexo, muitas roupas, muitos lugares legais e muita mulher contando problema. Era como sair com as amigas e sofrer durante horas porque aquele cara que você nem queria tanto assim não te ligou.

  • Friends é mais o momento em que eu estou vivendo. Eu sou uma Mônica: sou mandona, fiquei para titia e o Tom Selleck já me largou. Sim, eu acho aquele bigodudo TUDO neste mundo.
  • E eu vinha, já curada da depressão, subindo o elevador com dois carinhos da agência Mattos Grey.

    Mano 1: Meu, minha conta de cartão veio R$ 2 este mês.
    Mano 2: Tá gastando, hem...
    Alexal: Que inveja. Eu não vou contar a minha.
    Mano 1: É, eu só gasto o que tenho.
    Alexal: Ah, cala a boca!
    Passou a crise. Eram só as regras.
    VIDA DE SOLTEIRA

    Me sinto em Sex&City, passando por uma sucessao de homens esquizofrenicos, cheios de manias ou atitudes estranhas quando tudo que eu queria era ver o Big abrir uma garrafa de bordeaux com sua habitual desenvoltura.
    A GENTE TRABALHA MUITO, MAS TAMBÉM SE DIVERTE

    Está tendo um evento da firma, para arrumar a bagunça como nós fazemos projetos e produtos. Usamos um PDP process bem interessante, mas cheio de gambiarras, como todo brasileiro gosta. Aproveitei para mostrar alguns restaurantes à gringaiada. Na primeira noite, um banho de São Paulo I wanna be cool: Spot lotado + Santo Grão idem. Eles amaram a sopa de banana com curry e o steak bernaise. Ontem, fomos ao Capim Santo. Estava lindo e agradável. A comida, fraca como o esperado. De lá seguimos para a Vila Madalena tomar a saideira. Hoje é dia de Figueira Rubayat e MUITOS vinhos, para comemorar o lançamento de nossa homepage e o fim do treinamento. TÁ FODA trabalhar no dia seguinte.
    Eu não mereço passar este domingo de sol respondendo a estas perguntas:

    P1: explique o que ele define com sendo old supply chain e suas semelhanças com o modelo visto em sala?
    P2: a proposta de value net é uma evolução do modelo discutido em sala de supply chain ou é uma mudança radical?

    UMA PAUSA PARA A PERUAGEM

    Acabo de ir à melhor dermatologista ever: Adriana Leite, uma morenaça alta e magérrima. A clínica fica num prédio da Lorena, nos Jardins. Tudo muito bem decorado, com preto, branco e muitos espelhos arredondados. Em dois minutos ela sabia dizer exatamente porque eu ando tendo tantas espinhas. Passou três receitas de remédios, mandou eu parar de usar meu Neutrogena e dá-lhe caros cremes manipulados. A consulta, mais cara que o aluguel do meu pai.

    PS: Consulta seguida de momento "eu adoro almoços longos": klops de frango e saladinha na delicatessen Z-Deli, na Gabriel Monteiro da Silva. O bolinho com café é por conta da casa.

    É sexta-feira. Acabo de chegar do MBA e estou comendo ovos mexidos em frente ao computador. Modéstia à parte, faço ovos mexidos muito bem (cremosos, com boa quantidade de sal e pimenta-do-reino). Nada de saídas, baladas ou afins. Sou uma solteira bem-resolvida (será?). Uma coisa assim muito masculina. Sim, porque os homens conseguem MUITO melhor que as mulheres ficarem sozinhos em suas casas sem se torturarem porque o telefone não toca. Bom, meu telefone não vai tocar hoje. Vou ver La Dolce Vita, do Fellini, tomar um licor e, em seguida ler um capítulo de Vícios Privados, Benefícios Públicos. Estou muito apaixonada pelo meu professor de ética: Robert Henry Sour, um baixotinho topetudo que foi presidente da companhia de Engenharia e ghost writer do Mário Covas.
    Você não sabe como uma mulher se sente bem ao estar sentada em sua mesa de trabalho e é surpreeendida por uma caixa feia de Sedex e dentro desta feia caixa de Sedex há um presente irresistível de aniversário atrasado:



    Edu, eu AMEI.
    Eu só quero saber de coisa velha ultimamente. Ou nem tanto.. ou nem tudo. Estou relendo "A Insustentável Leveza do Ser", que li a primeira vez quando tinha uns quinze anos. É bom revisitar um mundo tão leve/pesado, tão moralista/amoral, tão erótico/santo. Ontem, no Cine Olido no centro da cidade revi "Amores Expressos" de Wong Kar-Wai. D-I-V-I-N-O, assim como da primeira vez, no depressivo La Boca em Belo Horízonte. São duas histórias de pessoas infelizes, que se (des)encontram em algum momento igualmente infeliz de suas vidas. De lá seguimos para um almoço no Bar Brahma. Aquele lugar me deprime. Por mais histórico que seja, para mim tudo se resume numa frase: morreu e esqueceu de cair!

    FRANÇA ELIMINA BRASIL

    Eu tinha certeza que não era bom sinal a felicidade de ontem contra a Argentina.