Quando criança não queria ser médica ou astronauta. Meu desejo era crescer, ficar bonita e ser bancária. Do Banco do Brasil. Trabalhar lá era alcançar a glória, o respeito e o conforto burguês. Sempre que ia banco, lá em Teófilo Otoni, ficava observando as bonitas caixas trabalhando. Homens de terno, mulheres com unhas bem-feitas, roupas chiques e muitas jóias. Eram silenciosas, eficientes e maquiadas. Não preciso nem dizer quão desgostoso é ir ao banco hoje. Com o empobrecimento desta classe, substituída pelos ATMs, vemos jovens mal-remunerados, barulhentos e que matraqueiam entre si enquanto atendem a centenas de motoboys. Triste isso. Um pouco de glamour dá dignidade pra uma pessoa.
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