Melhor filme

O único bem ruim é, sem sombra de dúvidas, "O Senhor dos Anéis". Filme fraco e sem graça a partir de livro idem. Em seguida na minha lista de preferência vem "Gangues de Nova York" com a brilhante atuação de Daniel Day-Lewis e o frescor de Cameron Diaz. Em terceiro vem Chicago, musical competente em que se destaca a sexy Catherine Zeta-Jones. Mas, cheio de clichês e nenhuma inovação ao gênero, ele não sobrevive em nossa memória.

Os dois dignos de vencer esta categoria são "As Horas" e "O Pianista". O primeiro, baseado em livro homônimo, tem cenas inesquecíveis para o cinema como os olhares de Julianne Moore antes de deixar o filho. Ela e Meryl Streep estão ótimas, embora a mídia inteira só babe em Nicole Kidman e seu nariz postiço. A ex-Tom Cruise colocou longos vestidos floridos, um olhar parado e se sentou em torno de papéis estirados pelo chão. Desta maneira compôs Virginia Woolf, uma das maiores escritoras do século passado. Ed Harris, dono dos olhos mais azuis do cinema, não comove com sua figura estereotipada de aidético. O melhor ator é Stephen Dillane como Leonard Woolf, de tristeza e emoção contidas. Sentimos sua dor sem que ele precise se jogar pela janela do prédio.

"The Pianist" não é mais uma obra sobre os judeus, a guerra, o holocausto. É uma visão sobre os judeus, a guerra e o holocausto vistas por Polanski, um judeu polonês. Em narrativa linear, incomum em outros obras do cineasta, somos conduzidos pela incrível história de Wladyslaw Szpilman -que sobrevive por sorte, por ser pianista e por conseguir comover um alemão nazista!



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