Rohmer parece ter pegado alguns trechos de minha vida confusa e enxertado no meio de seus filmes prolixos e intelectuais. Já fui a mulher dividida entre dois homens em "Conto de Inverno", a sem lugar no mundo de "Conto de Primavera", a amiga da secretária em "O Raio Verde". Contos morais, de estação, comédias e provérbios, todos eles são sobre encontros e desencontros. O que me fascina é que nada nunca muda. A deprimida não será feliz, a colecionadora de homens não se regenerá, o indeciso não chegará a lugar algum. Nada do poder transformador, nenhuma grande decisão.. os dias vão passando lentamente enquanto os homens e mulheres não sabem o que fazer de seus amores, suas vidas, seus temores. C´est genial!

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