Enfim posso dizer que fui ao cinema como fazem os franceses. Sala pequena, na Rive Gauche (parte mais alternativa da cidade), acompanhada de uma cafezinho no Deux Magot (onde os existencialistas se encontravam). Paulistas que somos, chegamos com uma hora de antecedencia. O bilheteiro, que comia biscoitos com duas amigas, avisou: so vendo quando faltar 5 minutos para o inicio da sessao. C'est Paris.

Btw: vimos Rois et Reine, uma historia bem francesa e longa com Emmanuelle Devos, Mathieu Almaric e Catherine Deneuve.
Conhecer o Museu Rodin me fez fazer as pazes com ele, rompidas quando vi Camille Claudel - O Filme. Ela foi talentosa, ele a fez ficar louca etc, mas ele eh quem era mesmo o verdadeiro genio. Tudo eh de uma lascivia tao sedutora, de um movimento tao expressivo, tao exagerado, tao sedutor. O Beijo nos faz pensar como pudemos nos contentar tantas vezes com apenas um selinho; Fugit Amor porque hoje sofremos tao pouco ao fim de uma relacao. Nunca mais quero viver um amor que nao seja tudo, uma vida que nao seja ardente.


Fugit Amor
Eu comprovei o que todo mundo ja diz. Sim, Bertillon eh o melhor sorvete do mundo.

Comidinhas, jantares e afins

No primeiro dia, que o namorado tinha um compromisso de trabalho, fui jantar sozinha no Spoon do Alain Ducasse. Ele tem um restaurante tres estrelas no hotel Plaza Athénée e criou este faz um certo tempo, mais casual, com cozinha contemporanea e inspiracao oriental. Comi um bem-feito atum com legumes perfeitamente cortados. Alias, almocamos no restaurante menor do Plaza Athenee e foi um sonho. Da salada de rucula com lagosta ao file de trilha com flor de abobrinha.

Ontem, depois de um almoco-croque-madame-ruim-num-cafezinho-qualquer, jantamos bem num pequeno italiano que Walter Salles -assiduo frequentador do lugar- recomendou ao namorado. Ate mesmo a bottarga, ovas de tainha salgadas (argh), estava otima.

Tanta coisa interessante no Louvre e os japoneses la, tirando foto da Monalisa. Escolhemos algumas secoes de pintura -que eh o que eu prefiro- e andamos, andamos, andamos. Nao gosto de museu grande. A tarde planejavamos ir a Ile de St. Louis, mas nevava bastante. Tive que me contentar em visitar les Galeries Lafayette, onde nao consegui comprar nem uma escova de cabelos. Pela bagatela de 175 reais, ela seria minha.
Sao 10 horas aqui, cinco a menos no Brasil. Durmo muito mal, estou gripada e o tempo me deprime. C'est Paris.
Primeiros dias em Paris

Cheguei e faz um frio que me congela a alma. O hotel eh tudo neste mundo e a cidade, bom, isso todo mundo ja sabe. Estamos a uma quadra da Champs Elisées e proxima a Montaigne, uma versao mega da `Oscar Freire`. Tem tanta gente rica no hotel e na rua que chega a ser indecente. Ninguem menos que o Mick Jagger esta aqui, alguns andares acima da minha cabeca. Nao prestei atencao em sua cara murcha, mas na lindissima mulher com quem ele estava. Sabe o tipo mais velha, ex-modelo, MAGRA como toda mulher gostaria de ser e com cara de quem estava vestindo 50 mil dolares? Ela era assim.

Ontem demos uma passeada na regiao e fomos ate o jardim de Tuilleries, proximo ao Louvre. Vi uma excelente exposicao no George Pompidou, de um pintor bastante bom que eu nao conhecia: Jean Hélion.



Os cinemas do Forum Les Halles, onde fica a maior estacao de metro do mundo, eh pior que nossos cinemarks. Cheio de gente tomando refri e mascando pipoca. Vi ontem ontem Je préfère qu'on reste amis, um filminho simpatico com Gérard Depardieu e Jean-Paul Rouve. Rouve aparece tambem em "Un long dimanche de fiançailles", o ultimo filme do diretor de Amelie Poulin, que esta lotando os cinemas por aqui.
Meu primeiro dia de férias foi como o previsto. Cheguei em BH morrendo de sono e, louca por um quarto silencioso. Mas, não fui dormir. Aqui, é obrigação de quem chega ficar acordado e falante. Neste momento, a família inteira está atolada nos preparativos para o aniversário de Luquinhas. Nunca vi tanto bolinho de Homem-Aranha, enfeitinho de Homem-Aranha, touquinha de Homem-Aranha...
Nous allons voyager à Paris le lundi prochain = We´re going to travel to Paris next monday - Nós vamos viajar para Paris na próxima segunda.

No momento, vivo aquele stress pré-férias, quando você tem que mandar e-mail para um milhão de pessoas mas só consegue pensar em tudo de bom que fará nos dias seguintes. Principalmente, não paro de pensar em como ficarei à toa lendo o "Le Monde" em algum cafezinho charmoso em Marais. Tudo bem, antes disso eu vou ter sessão-sofrimento-oito-horas-de-onibus-ate-bh.
PUTINHAS BRASILEIRAS - PARTE IV

Em homenagem ao casamento do Fenômeno, hoje vamos trazer três das vagabas que ele já papou. Milene será respeitada porque é mãe do filho dele e, eu considero até bem santinha. Quanto à Suzana Werner, coitada, teve que se contentar em parir de um obscuro jogador do Flamengo. Também vamos a deixar a moça quieta.

Viviani Brunieri:



Na época, seu empresário chegou a divulgar que ela estivesse grávida. Claro, era mentira.

Nádia França

Uma gravidez inesperada acabou com o namoro e deu início a uma troca de acusações entre os dois. Com três meses de gestação, Nádia perdeu o baby. Sim, parece-me que o moço não é amigo da camisinha.

Lívia Lemos



Apresentadora era, apresentadora ficou. Do Fenômeno, levou apenas um texto em seu ensaio na Playboy.
Eu contei que emagreci 1 kg?
Eu contei que para comemorar isso eu comi meia tigela de tagliatelle na manteiga?
Três bons lugares no fim-de-semana:

  • Jantar no Piselli lotado, com direito a conhecer o enrugado prefeito de SP. Comi um dos melhores peixes dos últimos tempos: olhete com azeite e ervas.

  • Bom spaghettini de tomates, camarão e limão siciliano no Due Cuochi (ex-Maria´s), recém-inaugurado.

  • A Lanchonete da Cidade é tudo. Eu não tô podendo comer carne (quaresma), mas até o hambúrguer de salmão é bom. Sem contar que eles servem caju amigo e suco de tangerina natural. Tem que ir.


    Piselli
  • "Your life is what you make it" é a trilha final de "Contra a Parede" e resume todo o filme. Uma jovem rebelde turca conhece um alcóolotra fudido num centro de recuperação de suicidas mal-sucedidos. Vê nele a esperança de se livrar de sua família careta e opressora. Óbviamente, este casamento de mentirinha irá se transformar em paixão desenfreada. Mas isso aqui não é Hollywood e, quando tudo parece se acertar, eles descem ao fundo do poço. Mesmo. Neste momento nos perguntamos porque eles não conseguem sair deste círculo de desgraças. No final, tem que decidir se suas histórias continuarão convergentes. Ele, o fraco do início, será o único com coragem o bastante para recomeçar depois de bater contra a parede.

    ALEXAL E STIMPY ADORAM TRABALHAR JUNTOS

    Votem nos indicados ao Oscar e concorram a ingresso permanente da Cinemark!
    Virei estatística. Eu, a que se gaba de nunca ter sido assaltada, tive meu som no-vís-si-mo (presente de natal de namorado) roubado ontem. Você acorda de manhã, vai pegar seu carro e vê o vidro destroçado. É triste isso. O ladrão era tão focado que desinstalou a coisa, pegou a frente no porta-luvas mas não levou os dois portatéis digitais da Nike que estavam lá, nem a garrafa de champagne no chão nem o meu novo livro do Philip Roth.

    DAKO É BOM

    Ando viciada em Tati Quebra-Barraco. Escutei seu CD Boladona varias vezes de ontem para hoje. Tudo bem, funk eh repetitivo e SO tem letras para quem tem menos de um neuronio, mas eh divertidissimo.

    Todas as novidades sobre a firma saem aqui.
    Bortolotto anda escrevendo demais. Por isso, saem bobagens inacabadas como "O Que Restou do Sagrado", que está em cartaz no Satyros da Praça Roosevelt.

    Para criar seu mais famoso livro, Peter Pan, o dramaturgo J.M. Barrie teve que viver uma experiência única. Tornou-se o protetor de quatro meninos, futuros orfãos de pais com câncer. Finding Neverland, no entanto, não é tão complexo quanto parece ter sido a vida deste artista que cedo perdera o irmão e tentava fazer com que sua mãe o amasse. Ao contrário do que conta o filme, a vida destes meninos foi tomada por grande desgraça após o aparecimento deste generoso amigo. Freud, se já tivess inventado a psicanálise, teria muito a dizer.

    Putinhas brasileiras parte III

    As putas que normalmente aparecem no carnaval não me interessam. Famosas ou aspirantes a, é uma profusão de siliconadas inacreditável. A cachorra encoleirada deste ano é a campeã de buscas Viviane Araújo. Mrs Belo é uma putinha gostosa e -devo admitir- bastante digna. Mesmo com o marido na cadeia continua aí ponta firme.

    Em tempos de seleção de candidato fico boba de ver a 'performance' das pessoas. Tudo aquilo que é básico numa entrevista elas fazem o contrário! Tenho que ser muito bondosa para relevar tudo que vejo e prestar atenção apenas no desempenho técnico. Bom, os erros mais comuns nestes cinco dias:

    1. As pessoas vêm para a entrevista sem trazer o próprio currículo. Confiam que, uma vez enviado por e-mail, tá enviado.
    2. As pessoas não lêem a descrição da vaga antes de vir.
    3. Mesmo em tempo de internet e info fácil, as pessoas não sabem nada da empresa sobre a qual elas pretendem trabalhar.
    4. As pessoas vestem as roupas mais esdrúxulas que encontram em seus armários. O que custa deixar a saia indiana ou aquele seu brinco fosfosrecente no armário só neste dia?
    5. Mulheres usam muito perfume e gloss. Homens catam a roupa mais careta e séria que encontram. O problema é que nem sempre elas estão cabendo neles.
    6. Pessoas se dizem fluentes em línguas que não dominam.
    7. Pessoas não organizam os últimos trabalhos por ordem decrescente de data.
    8. Pessoas não sabem que é bom que você pareça um pouco equilibrado e normal. Em apenas alguns cinco minutos, uns freaks já começam a se exibir. Ser simpático então, é tarefa quase impossível para alguns.
    Agradeço a Martin Scorsese por me dizer quem foi Howard Hughes. Ignorante, eu nunca tinha ouvido falar deste sujeito surpreendente. "The Aviator" conta toda a sua história na aviação mundial (dono da TWA, comprada pela AA em 2001), sua produção de filmes e envolvimento com divas da época (De Katharine Hepburn à Ava Gardner), além de suas paranóias e excentricidades. Leonardo DiCaprio cumpre bem o papel, mas não é denso o bastante para homem tão especial. Há imagens memoráveis, como sua queda de avião em que queimou mais de 70% do corpo, ou seu vôo com a impecável Blanchett-Hepburn. Scorsese, renegado pela Academia, deve levar o Oscar. Mas não é seu melhor filme.

    PUTINHAS DO BRASIL II



    Cristina Mortágua é um caso clássico. Deu pra todo mundo, foi loira, morena, atriz, modelo e manicure. Hoje converteu-se à Igreja evangélica e casou-se _grávida_ com um jogador (ou ex) desconhecido do Fluminense, que 'roubou' de uma ex-paquita (Cátia Paganote). As duas armaram o maior barraco, cujo processo hoje corre na Justiça.

    DA SÉRIE - PUTINHAS DO BRASIL



    A capa da Playboy deste mês é primeiro lugar disparado. Larga o marido para ser amante de um policial troglodita, torturador de fotográfos. Em festas e rodas de samba adora mostrar o corpicho malhado (sem defeitos) e a periquita sem calcinha.
    Aproveitei a noite de quarta-feira para ver TV, coisa que faço apenas umas três ou quatro vezes por mês. Ontem assisti pela primeira vez na vida o Saia Justa, e curti bastante o bate-papo das quatro. A convidada era a chatinha da Fernanda Abreu. Obviamente, a mais interessante é a Monica Waldvogel. Marisa Orth é simpática, diz umas coisas engraçadas. Já Fernanda Young, que mulher pavorosa! Nem tô falando do cabelo de cuia e suas roupas estranhas. Na sua 'modernidade', ela é muito cafona. Ontem, quando discutiam sobre a dificuldade de dizer não, ela revelou que às vezes diz sim para uma criança quando ela faz pirraça. Mas, sempre faz um adendo que considera supereducativo: "você só conseguiu que eu dissesse sim porque você é um pentelho!".

    Findo o programa, chegou a vez do reality show Troca de Esposas (Wifes swap) no People & Arts. Para quem nunca viu, funciona assim: por duas semanas, duas mulheres que não se conhecem trocam de casas. Na nova moradia, devem se adaptar às regras, cuidar dos filhos e do marido da outra. Só não devem praticar sexo, o que tira toda a graça do negócio. O que se vê é total descontrol. E eu, no auge do voyerismo, gargalho com as aberrações humanas e seu comportamento doentio.
    "Closer" é o tipo de filme que me agrada. Texto completo de peça teatral, bons atores e muito blá blá blá. Sem contar com o fofo Jude Law e a ma-ra-vi-lhosa Julia Roberts. Mas o filme não é deles, e sim de Natalie Portman (ora menina, ora stripper misteriosa) e Clive Owen (médico 'tarado' da Internet). Chorei a cada nova troca de casais, mas nem um pouco desconfiei da frase "Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off, but it's more fun if you do", a chave desta quadrilha amorosa.