Já enfeitaram minha cabeça algumas vezes. Não, entre os sabidos e escondidos, eu diria que foram muitas vezes. O primeiro foi o Sandrinho, menino bonitinho da minha rua lá em Teófilo Otoni. Viajara para a casa de praia com os amigos. Na volta, eu sabia que eles tinham aprontado. Não paravam de trocar olhares, piadinhas e sorrisinhos. Surpreendi-os dizendo: "deixem de bobagem, eu sei que Sandrinho ficou com outra e não me importo. O coitado ia ficar na praia chupando o dedo?" Me acharam a namorada mais legal do mundo.
Logo troquei o Sandrinho por Ismar Júnior, que me chifrou com Fernandinha, colega de sala. Nunca mais vou me esquecer dos pombinhos felizes passando por mim na exposição agropecuária. Minha dor logo passou quando Ismar Júnior engravidou uma moça, terminou com Fernandinha, e se casou.
Na era adulta, chifre fenomenal me colocou o Cleber -advogado wannabe de BH com quem namorei dois anos. Me trocou por duas loiras muito gostosas. Não o culpo.
Nils, o sueco gélido, já saía com outra no finzinho do nosso namoro. E era ótimo, porque me sobrava mais tempo livre para outras atividades interessantes. Depois disso, nada mais. Anda meio sem emoção a minha vida.
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