EX NÚMERO 145690 - da série "Os marcantes"
Ontem fui com namorado e Albano ao niver do Bassani, um ex. Conheci-o no
Litoral 2000, uma prova do
EMA. Cheguei esbaforida na noite anterior ao início das provas e me sentei do lado dele durante a coletiva. Diz ele que eu dei bola, encostando minha perna na dele. Não dei, tenho lá eu culpa que as pernas dele eram grossas e ocupavam muito espaço? Mas claro que notei aquele quarentão sarado com blusa megaultraazul do
IG, onde ele era editor. Solícito, respondia todas as minhas dúvidas sobre o que diabos era corrida de aventura. Embora eu estivesse frilando para o concorrente, não desgrudamos mais. Tanto é que a louca da
Renata Falzoni perguntava se não íamos beijar logo, o que só aconteceu depois que as provas acabaram.
Bassani era o homem-gelo que me buscava de moto bagunçando minha chapinha, me levava em cantinas baratas mas decentes em Pinheiros, só tomava vinho italiano e não se importava nem um pouco com meus xiliques. Eu queria namorar sério, conhecer o sogro, lavar as cuecas dele, mas nada. Impassível e misterioso, viajava 15 dias para o
Rally dos Sertões sem me ligar, ficava no hospital com o pai, descia todos os fins de semana para Cambury. Eu pensava: ele tem outra. E ligava no sábado à noite. A mãe atendia, passava para ele. Sábado a noite, ele em casa!! Poxa, ser trocada por outra eu entendo. Ser trocada por nada? Aí eu não aguento.
Mas quando chegava, como resistir? Eu, chorosa, queria acabar tudo, nunca mais ver aquele homem que me fazia sofrer. Como resistir? Praia faz bem aos homens, mais ainda ao Bassa. Inclusive, homens, larguem suas mulheres e dêem uma corrida na praia. Voltarão mais magros, bronzeados, bunda branquinha... adoro...
Bom, então desistimos, voltamos, enrolamos, desistimos por um par de meses. Aí, "bola pra frente que atrás vem gente" e "homem é que nem biscoito, vai um e vem dezoito".