Beauvoir em Minas

Acabo de ler Tête-A-Tête, sobre a fascinante vida de Beauvoir e Sartre. Se já gostava deles antes, mais agora ao ver que tanto sofrimento valeu a vida livre que tiveram. Excelente contraponto ao meu convívio com os mineiros e seu cotidiano classe média planejada. Não leiam aqui nenhuma crítica a este modo de viver. Mas, não gostaria de considerá-lo como a única maneira possível de ser feliz. E não é.



Durante a leitura, me vi no papel das Wandas, Michelles, Olgas. Seria capaz de ter tido um caso com homem tão feio. Nos homens me interessam suas idéias, a maneira como pensam ou escrevem. Mas, sou independente demais para topar ser sustentada, ter horas semanais reservadas a mim, ou metade de umas férias, como Sartre costumava fazer com suas amantes. Beauvoir era a amante, a companheira, a mulher e livre. Livre para ter Silvie Le Bon, amar Nelson Algren, escrever, viver. Leia já!

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