Durante minha adolescência fui muito fascinada por histórias trágicas e tristes. Me encantavam tanto os romances russos quanto as obras regionalistas e sofridas como as de Rachel de Queiroz em "O Quinze" e Graciliano Ramos em "Vidas Secas". Ontem fomos ver o filme "Vidas Secas", dirigido por Nelson Pereira dos Santos, o mesmo de "Rio 40 Graus". Demora-se um pouco até entrar no clime do filme, tão diferente da safra atual, com cenas rápidas, muita violência e necessidade de impactar. Aqui é tudo lento.. com poucos diálogos. O olhar de Baleia, o caldeirão de feijão, os urubus, a palavra "inferno" são bem mais eloquentes que muitas cenas de "Carandiru" ou "Cidade de Deus".
No comments:
Post a Comment