Tenho ido muito ao teatro por causa do curso que estou fazendo. Saio de minha casinha no fim-de-semana, venço a preguiça e pago o ingresso para ver coisas sem-graça e enfadonhas. Agora entendo porque muita gente usa a camisa "Vá ao teatro mas não me chame". Mas sou uma pessoa persistente e, mesmo depois de ter visto meia dúzia de espetáculos fracos, vou continuar tentando. As últimas misérias:

Agreste: dois atores fazem o papel de um casal de retirantes nordestinos que têm que lutar contra o preconceito da cidade onde moram após a morte de um deles. Se conseguir vencer os primeiros vinte minutos, apreciará a técnica dos dois (Joca Andreazza e Paulo Marcelo).

Shi-Zen, 7 Cuias: O grupo Lume mistura butô (dança lentíssima japonesa) a ritmos brasileiros. Espetáculo para inglês ver, resulta no uso de clichês e esquetes a la Trapalhões. Deprimente.

Urfaust - Fausto Zero: Nem os fãs de Gabriel Vilella vão desculpar tamanha chatice. De um esboço de texto (Urfaust é o Fausto sem o diálogo entre Fausto e o Diabo) ele faz um esboço de peça com atores 'ensaiando' no palco e cenografia inacabada. O figurino é aquela coisa irritante que ele faz desde "Romeu e Julieta", como bem lembra Demetrius. Vera Zimmerman, no papel da amada de Fausto, tem até mesmo que pintar o próprio rosto com lágrimas. Seria incapaz de mostrar qualquer emoção. So do I.

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