Passei o feriado vendo filmes e me empanturrando de chocolate, como a grande maioria dos podem consumir os caríssimos ovos.

Pollock:




Conta a história de um dos maiores artistas plásticos dos EUA, o pintor perturbadíssimo Jackson Pollock. Interpretado por Ed Harris, o expressionista se casa com Lee Krasner, que abdicaria de sua carreira para cuidar dele. Ele entra para a história e ela fica viúva depois de ter sido traída diversas vezes.

Outra vítima da tirania masculina é Sylvia Plath, que pouco conseguiria produzir na presença do marido bon vivant, segundo a versão da cineasta Christine Jeffs em "Sylvia Plath - Paixão Além das Palavras". Segundo o filme, Plath era uma neurótica depressiva, que fazia bolos e mais bolos quando não conseguia escrever. Depois, teve filhos enquanto o marido -o poeta inglês Ted Hughes- tinha amantes. Sua filha, revoltadíssima, condena o filme:


"Minha mãe enterrada
é exumada para reprises
Agora querem fazer um filme
para os incapazes
de imaginar o corpo
com a cabeça no forno

Os comedores de amendoim, divertidos
Com a morte de minha mãe, irão para casa ...
Talvez comprem o vídeo

Só precisarão pressionar 'pause'
Se quiserem colocar a chaleira no fogo
Enquanto minha mãe segura sua respiração na tela
Para terminar de morrer depois do chá

Eles pensam que eu deveria adorar... eles pensam
Que eu deveria lhes dar as palavras de minha mãe
Para encher a boca de seu monstrengo
Sua Boneca Sylvia Suicida
Que vai saber andar, falar
e morrer quando eles quiserem
Morrer e morrer de novo
Viver sempre morrendo"

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